“Será que para vocês é pouca coisa o fato de o Deus de Israel os ter separado da congregação de Israel, para os fazer chegar a si, a fim de cumprirem o serviço do tabernáculo do Senhor e estarem diante da congregação para ministrar-lhe?” (Números 16.8).
A rebelião de Corá é uma das histórias mais conhecidas da Bíblia, desta forma, vamos investigar esta história e buscar extrair lições para nossa vida com Deus e nosso relacionamento com a igreja.
Esta história serve de alerta para não irmos além do chamado de Deus para nossas vidas.
Corá era descente de Coate e, consequentemente, de Levi. Como levita e coatita, ele tinha como função levar os utensílios do tabernáculo durante as peregrinações (Números 4).
Corá se levantou contra Moisés, demonstrando desprezo pelo seu chamado como coatita (Números 16.3).
Essa rebelião, na verdade, foi um complô, pois Corá se reuniu com Datã e Abirão, e ainda conseguiram arregimentar mais 250 líderes contra Moisés (Números 16.1-3).
Para eles, Moisés se exaltavam, enquanto eles eram humilhados, fazendo um serviço mais baixo na congregação.
Moisés os alertou que a função deles não deveria ser desprezada e que eles mesmo estavam se exaltando, querendo ser sacerdotes, sem o devido chamado de Deus (Números 16.8-11).
Como igreja, sabemos que todos temos nosso lugar no corpo de Cristo, assumindo funções diferentes, mas sendo parte do todo (1 Coríntios 12).
Corá e seu grupo ainda acusaram Moisés de os terem tirado do Egito e os colocado no meio do nada (Números 16.12-13).
Moisés então os desafia, dizendo que o próprio Deus demonstraria quem havia sido escolhido para ser sacerdote (Números 16.15-19).
A ira do Senhor se acendeu sobre Israel, mas Moisés orou para que somente os rebeldes recebessem a justiça de Deus (Números 16.20-26).
Após o alerta de Moisés à congregação, a terra tragou todos os 250 cinquenta homens e suas respectivas famílias (Números 16.27-40).
Tratou-se de um juízo executado pelo próprio Deus.
Embora Corá e seus seguidores tenham sido destruídos, as consequências de seus atos ainda continuaram surtindo efeito sobre o arraial de Israel, somente após o evento do florescimento do bordão de Arão, cessou-se os rumores contra Moisés (Números 16.41 e 17.1-13).
Essa história é retomada no Novo Testamento para nos esclarecer que no meio do povo de Deus sempre haverá rebeldes, mas que o juízo de Deus virá sobre eles (Judas 5-14).
Somos servos e não senhores. Devemos executar o chamado dado por Deus, não cobiçando outras posições, nem nos julgarmos superiores ou inferiores.