A palavra Jerusalém significa "habitação da paz", no entanto, ela é muito mais um símbolo de uma promessa futura de Deus do que uma realidade, haja vista as constantes guerras que lá existiram e, ainda, existem. Dessa forma, estudaremos o Salmo 137 com dois enfoques, primeiramente, com um enfoque histórico da Jerusalém terrena, seguida por uma perspectiva escatológica (futura), entendo Jerusalém como um tipo da Jerusalém celeste.
a) Jerusalém foi conquistada por Davi em 970, antes de Cristo (2 Samuel 5.6-9).
b) Jerusalém foi destruída pelos babilônios em 598, antes de Cristo (Salmo 137).
c) Jerusalém foi destruída pelos Romanos em 70, depois de Cristo.
d) Jesus chorou ao ver (profeticamente) a cena da destruição (Lucas 19.41-44).
e) Veja-se o que diz Josefo sobre a destruição de 70: "Assim terminou Jerusalém, no dia oito de setembro, no segundo ano do reinado de Vespasiano. Ela tinha sido antes tomada cinco vezes, por Azoqueu, rei do Egito, Antíoco Epifânio, rei da Síria, Pompeu, Herodes, com Sósio, e Nabucodonosor, que a destruiu, mil quatrocentos e sessenta e oito anos e seis meses depois da sua fundação. Os outros a havia conservado, depois de tomada; mas os romanos destruíram-na então, pela segunda vez" (Flávio Josefo, p. 687, CPAD).
f) Mil e oitocentos anos depois, tendo sido habitada por Cristãos e por árabes, Jerusalém voltou a pertencer novamente aos judeus em 1948, tornou-se uma cidade internacional, mas, na prática é administrada por Israel.
g) Grandes Milagre (Isaías 66.8): "No dia seguinte à proclamação do novo Estado, 15 de maio de 1948, Israel foi invadido por Egito, Síria, Transjordânia (atual Jordânia), Líbano e Iraque, dando início à Guerra da Independência, que se estenderia até 1949, com a vitória israelense. [...] Contra todas as previsões, Israel, mesmo com menos soldados e armamentos, venceu a luta travada contra Egito, Síria, Iraque e Jordânia (O Globo).
a) O apóstolo Paulo utiliza a metáfora entre a Jerusalém terrena e a celeste, explicando que, embora o Cristão não pertença a Jerusalém terrena, ele pertence a uma Jerusalém superior (Gálatas 4).
b) Os heróis da fé, também, aguardavam uma cidade celestial (Hebreus 11).
c) Desta forma, como os judeus do Salmo 137, almejamos a nossa pátria, mas cantamos as canções da Sião celestial em terra estrangeira, não penduramos nossa harpa. Todavia, cantamos não para agradar esse mundo, a preocupação que fez com que os cativos não cantassem, mas louvamos ao nosso Deus, não buscando agradar ao mundo ou a nossa carne.
d) Assim, como a Jerusalém terrena pede paz, mas estar em guerra, também estamos em guerra (Efésios. 6).
e) Ao contrário dos cativos, não pedimos vingança, mas entregamos tudo a Deus que julga corretamente (1 Pedro 2.23).
f) Finalmente, aguardamos ver a Nova Jerusalém que nos será dada por toda a Eternidade, a figura central da nova cidade é Deus que, habitará com os moradores; enxugará dos olhos toda lágrima; destruirá a morte e o luto, fará nova todas as coisas - Novo Céu e Nova Terra. Grande é esse poder (Apocalipse 21.1-7).
Jerusalém sempre foi um lugar de conflito, mas, o Salmo 137.5-6 demonstra que, mesmo longe, os judeus sempre sonharam em reabitá-la. Da mesma forma, o Cristão está longe da Jerusalém Celestial, mas vive em terra estrangeira sem se esquecer de sua verdadeira pátria.