As pessoas que Jesus escolheu para fazer parte de Sua equipe ministerial caminhavam na contramão do status social. O chamado de Levi, ou Mateus, é um exemplo disso. O método de Jesus deve ser comparado com nossa forma atual de lidar com as pessoas, privilegiando as que têm mais destaque social. Nesta história, Jesus nos ensina como não nos iludirmos com a aparência.
"Passadas essas coisas" (Lc. 5.27): esse trecho refere-se à outra situação vivenciada por Jesus, um pouco antes. O verso 26 diz: "davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: hoje vimos prodígios". As pessoas se referiam a um milagre feito por Jesus. E ele, abriu mão dessa glória humana, deixou-a para trás com o objetivo de convocar Mateus, Publicano, escória da sociedade da época.
Deus com toda Sua glória e majestade, nos contempla com o intuito de nos ajudar e mudarmos de vida.
Mateus e Levi: Brennan Manning comenta sobre essa duplicidade de nomes: "[...] É interessante notar que quando os evangelistas Marcos, Lucas e João mencionam os apóstolos, eles chamam o autor do primeiro evangelho de Levi ou de Mateus. Mas em seu próprio Evangelho ele sempre refere-se a si mesmo como 'Mateus, o publicano', sem querer jamais esquecer quem foi e sempre tentando lembrar quão baixo Jesus desceu para recolhê-lo" (MANNING 2005:143).
Segue-me! Mateus era um homem que aparentemente havia se encontrado na vida, pois, tinha um bom emprego, uma casa que acomodava muitas pessoas. Mas, ele estava sem rumo, sem razão de viver. Jesus o chamou para uma vida com propósitos mais elevados.
Todos podem se arrepender: essa história confirma uma verdade Bíblica - Todos podem mudar, se deixarem Cristo assumir o controle. Todos podem ser transformados. Mateus era considerado um ladrão por explorar o povo, mas houve solução para sua vida.
Oferecendo algo a Jesus: Mateus por ser rico ofereceu um banquete. Todos podem oferecer algo em gratidão ao Senhor, e uma boa maneira, é convidar as demais pessoas que, assim como nós, são pecadoras. Foi o que Mateus fez, a Bíblia diz: "[...]estes eram em grande número e também o seguiam" (Marcos 2.15), "Muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos" (Mateus 9.10).
Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Os fariseus com essa pergunta demonstraram interesse em dominar o ministério de Jesus, querendo dizer o que ele deveria ou não fazer. Cristo tinha clareza das ordens daquele que o enviou, não cedeu aos fariseus.
Hoje não é diferente, mesmo não se preocupando com a igreja, o mundo quer ditar qual é o papel dela na terra. Não podemos ceder. Temos uma missão dada pelo Senhor Jesus e temos que cumpri-la cabalmente (Mateus 28.18-20).
Devemos considerar o que Jesus disse aos Fariseus em Mateus 9.13: "Ide, porém, e aprendei o que significa: misericórdia quero e não holocaustos".
A igreja é lugar de doentes e de cura (vs.31 e 32). Quantas vezes expulsamos da igreja, mesmo que indiretamente, pessoas que estão doentes e procurando a cura? Se elas não encontrarem cura na igreja (em Cristo) não encontrarão em nenhum outro lugar (pessoa). Reconheço que a igreja (termo repetido para a devida ênfase) é um lugar complicado, isso se dar por que nela há muitas pessoas doentes e outras ainda em tratamento, todavia, a cura encontra se em Cristo.
No livro "O Hobbit" de J. R. R. Tolkien, há um momento onde o Hobbit e seus companheiros de viagem são advertidos: "Direto pela floresta é o seu caminho agora. Não saiam da trilha! Se fizerem isso, têm uma chance em mil de encontrá-la de novo e de sair da Floresta das Travas" (TOLKIEN, 2005:135).
Deus nos faz essa mesma advertência. Quantas vezes, por nos sentirmos doentes e pecadores, pensamo que a única solução para o problema é abandonar a igreja, mas a Palavra nos diz: "Os são não precisam de médicos, e sim os doentes", assim, você está no lugar certo, apenas - Não saia da Trilha!