Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele (Atos 12.5).
No cristianismo já tivemos, e ainda temos, grandes pastores e pregadores, pessoas de Deus que influenciam toda uma geração e levam milhões a Cristo. Há, em maior número, pessoas desconhecidas da massa que mantém o ministério de homens e de igrejas. Trata-se de pessoas anônimas que sustentam a igreja em oração.
Veremos, tendo como base o capítulo 12 de Atos dos Apóstolos, O ALCANCE DA ORAÇÃO.
Geralmente as pessoas pelas quais oramos, não sabem, ou não percebem que os livramentos recebidos foram motivados pela ação de Deus por nossas orações.
O texto que lemos descreve a morte do apóstolo Tiago e a prisão de Pedro, que esperava ter o mesmo fim do amigo. Algo tornava essa situação diferente: mas, havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele (v.5).
A situação dele era impossível aos homens: "dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias e sentinelas à porta guardava o cárcere" (v.6).
Sabemos que Pedro foi um grande homem de Deus, porém, sua situação de preso, nos serve para ilustrar a vida de muitas pessoas pelas quais oramos e estão perto de terem um trágico fim.
Quando Deus age, ele muda a situação, veja o verso 7 e 8, o que Deus fez, por meio do anjo, na vida de Pedro: "[...] as cadeias caíram-lhe das mãos, o senhor o cingiu, calçou seus pés, vestiu-lhe uma capa e Pedro o seguio".
Muitas vezes, as pessoas não percebem, assim como Pedro não percebeu, que Deus está lhes livrando, precisam cair em si, como Pedro: "[...] Caindo em si, disse: agora, sei, verdadeiramente, que o senhor enviou seu anjo e me livrou". (v. 11).
Por fim, após perceber a situação e ter caído em si, ele foi até a congregação. Eu, creio que Deus pode e fará isso na vida de muitos pelos quais oramos.
Quando oramos com a alma, mesmo que não percebamos ou não estejamos sentindo, Deus está agindo. De igual forma, nossas vidas são abençoadas, mesmo quando oramos por outras pessoas.
Não existe acepção de pessoas quando se trata das respostas da oração. A primeira pessoa a perceber que Deus havia atendido o clamor foi uma criada, chamada Rode (v. 13).
O Deus que nos surpreende: A igreja havia orado por Pedro, mas não estavam deixando Pedro entrar na casa (v. 16). De igual forma, muitas vezes oramos por pessoas, mas quando ela dá um sinal de mudança nós não acreditamos nelas.
O interessante é que as pessoas oraram por Pedro, apenas para ele ser liberto. Porém, Pedro veio ao encontro delas. Elas foram atingidas diretamente por suas orações.
O dever de testemunhar: Pedro pediu que relatassem o ocorrido aos demais irmãos, que não estavam ali orando, mas que faziam parte da fé (v. 17). Precisamos testemunhar as bênçãos alcançadas para termos forças para continuarmos orando por outros desafios.
Herodes estava sendo um grande desafio para a igreja, não apenas havia matado a Tiago e tentado matar a Pedro, ele se julgava um deus.
Por estar usando uma roupa brilhante e falar em um local de grande eco. As pessoas o louvaram como um deus, ele gostou do louvor e assim, adoeceu e morreu.
Após a morte de Herodes, a Bíblia diz: entretanto, a palavra do Senhor crescia e se multiplicava (v. 24). Todo esse desenrolar foi consequência das orações da igreja.
Não é à toa que a primeira viagem missionária aconteceu após esse evento, pois ela também foi consequência dessa oração, o evangelho se espalhou por todo o mundo e aqui estamos nós hoje.
Nós não temos a dimensão exata do alcance de nossas orações dirigidas a Deus, mas, tenhamos uma certeza, ela vai além do que imaginamos e sentimos, podemos estar em um lugar físico, reunidos, mas a oração não está presa em quatro paredes. Em Daniel 10: 10-14, temos a descrição da oração de Daniel, ele havia orado, Deus já estava agindo, porém, ele ainda não havia percebido tal ação. De igual forma, não devemos nos esquecer que a igreja caminha por meio da oração de muitos irmãos, são heróis desconhecidos que trabalham nos bastidores, essenciais à obra de Deus.