"Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o Poder de Deus" (Mateus 22.29).
Alguns saduceus, um importante grupo judaico na época de Cristo que não acreditava na imortalidade da alma, vieram questionar Jesus sobre uma história hipotética de um casamento de uma mulher com sete irmãos, ficar viúva sucessivamente deles, conforme prescrito por Moisés, o ponto da questão era saber, qual dos irmãos seriam marido da mulher após a ressurreição dos mortos (23-27). Tratava-se da lei do levirato (Deuteronômio 25.5-6). Em resposta, Jesus afirmou que a ignorância deles sobre as Escrituras e sobre o Poder de Deus os conduziam ao equívoco (29). Desse confronto surgiu uma revelação do Poder de Deus e uma interpretação do Antigo Testamento, ambas inéditas.
Jesus explicou que na ressurreição não haverá casamentos (v. 30).
Tratou-se de uma revelação de Cristo, pois não havia nada ensinado no AT sobre esse tema.
Em outras palavras, Cristo revelou algo que acontecerá pelo poder de Deus que era desconhecido dos fariseus.
Cristo também utilizou a famosa expressão veterotestamentária: "Eu sou o Deus de Abrão, Isaque e Jacó", para demonstrar que vivos e mortos estavam sobre o controle de Deus (v. 32).
Quando Moisés viu a glória de Deus, o Senhor disse o seguinte: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus (Êxodo 3.6).
Neste ponto, Jesus interpreta um texto já revelado, mas que havia passado desapercebido pelos fariseus. Deus não disse eu era o Deus de Abrão, de Isaque e de Jacó.
Devemos compreender que para nós, a revelação do Poder de Deus se dá pelas Escrituras, inclusive essa revelação feita por Jesus. No entanto, quando estivermos em sua presença, veremos seu poder em toda plenitude.